quinta-feira, 1 de julho de 2021






Sem sentido


 Solto as mãos sobre as teclas pretas, os toques lentos

entre sons de burburinhos distantes em minha mente ausente 

há se bulindo em mim des/sabor nos sentidos, digo rodopios

uma bailarina presa a caixinha, ainda bela... mesmo inerte

a música calou-se no ouvido, produz apenas marulho 

o alfabeto nas teclas pretas miscigenados nas línguas

estão dispersos de presente, um papiro ardente

não há alquimia nas risadas, som uníssono a voz do vento  

nos olhos se estendem corredores, por trás das portas dormem

tão frios são os dedos do tempo...ásperos   

alisam a tês ainda morna ainda aqui

tão frios são os dedos do tempo 




quarta-feira, 2 de outubro de 2019











Enfim


Fim de ano 
Findo ando
Findando
*******
Já são dezessete de março de 2019


Parece tão distante de ontem
Experimento os dias como suspiros; são deliciosos,
porém rápido acabam e fica a sensação de quero mais
queria segurar as pernas do tempo
para que fossem devagar, como contemplar a natureza?!
quando consigo focar a vida, já foi o perfume do dia
e começa à noite a agasalhar os sonhos prevenindo-os
de madornas diurnas
não é bom sair da cama sem sonhos
não é bom deixar vazio os olhos
os meus estão de flores adornados
e no meu dia há tanta magia









terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Cotidianos...

Casa

a tinta se espalha
e limpa o ambiente
a casa vestida e
pronta para  a igreja
aos domingos
mas, como toda criança
que brinca e rola
as marcas adquiridas
se mostram
nas palmas das mãos
que experimentam
e olham as coisas
em uma faminta fome
a porta antes branquinha
passa a ser tatuada
de manchas distintas
e lá vem a faxineira
a lavar a tinta dos toques
e ali digitadas estão
indas e vindas de
seres pequenos e grandes
as manchas são histórias
de pessoas ansiosas
por aproveitar o dia
aproveitar a vida




Quarto esquecido


puxo um limo
dos cantos umedecidos
a vassoura esverdeada exala mofo
deixei no abandono aquele quarto
era antes emoldurado por cenas
tinha luz adentrando as vidaraças
tinha cores alegrando as vidas
mas foi a muito, muito tempo
quando minhas madeixas se trançavam
e na minha boca havia porteiras
por onde as palavras chiavam engraçadas
depois que minha voz se firmou
e os meus cabelos se banharam
de outros tons, e os fios encurtaram
a risada se transformou em paisagem
agora desenhada na expressão,
aquele som das gargalhadas
que ecoavam nas paredes
silenciou no ínfimo da alma
foi a muito tempo




Resultado de imagem para imagem de alegria e felicidade


De que me faço...

De verbo de verso
existo no compêndio
celular desta terra
sou um desfolhar
de sentidos e sinto
me debutar as primaveras
cada camada minha
são delicadas pétalas
vestidas e despidas
estruturas morfológicas
derivadas dos fartos
Desafios e dos desvios
Das lutas ganhadas
Nas perdas vencidas
uma história por dia
na designação da vida
nascer, viver e morrer
vivo no presente o
indicativo de ser
morro cada ontem
as manhãs vivem
Em sonhos
O verbo sonhar
Conjugado nos tempos
Cíclicos do existir

domingo, 24 de dezembro de 2017

 



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Sonhando pouquinho

Quem dera pudesse sacudir a poeira do mundo. Ela me causa espirros e uma coceirinha no nariz. Poderia forrar de gramas verdes, todo espaço de caminhar. E, colocar cercas brancas com portinhas de saloom para evitar cacas em meus pés. O cheiro de esperança não tem contra indicação. Crianças e gestantes podem aproveitar à vontade. Teria um balanço a sombra de uma gameleira. Exagero! Seria uma goiabeira, que é resistente. Traria umas dúzias de borboletas para morar neste lugar. Teria flores das mais perfumadas as mais exóticas. Teria dálias, pelo simples fato de amá-las. Colocaria ipês amarelos, brancos, roxo...e uma àrvore de folhas brancas, desta não sei a espécie. Faria pinturas novas nas casas. Demão de tinta nas moradias faria clarear a vida. Delícia de ares com cheiros de jardim. Livre de poeira e ácaros...se pudesse. Limpar as mentes contaminadas de corrupção e começar um plantio de bons modos, de honestidade, de dignidade e diversas espécies de amor. Ah!! Imagine um mundo...melhor.

Sem sentido  Solto as mãos sobre as teclas pretas, os toques lentos entre sons de burburinhos distantes em minha mente ausente  há se bulind...